DOCUMENTO
104
COMUNIDADE DE
COMUNIDADES: NOVA PARÓQUIA
1)
DESAFIOS
À PARÓQUIA:
a)
Rever nossa ação evangelizadora e
pastoral-paroquial por causa da mudança de época em que estamos, pois os
valores são questionados e novos modos de relacionamentos com a comunidade
aparecem;
b)
Há ainda paróquias em que suas
atividades se concentram na liturgia sacramental, nas devoções e na catequese
de crianças somente, faltando-lhes um plano de pastoral, pois a administração e
a responsabilidade da comunidade concentram-se, exclusivamente, no pároco;
c)
Busca de resultados imediatos da
religião; aumentam as propostas de “espiritualidades” da prosperidade e da
felicidade individual, diminui o interesse pelo bem comum e o compromisso
solidário. A verdade se torna relativa às diferentes necessidades das pessoas.
Numa sociedade plural em valores, crenças e normas, falta orientação e há muita
insegurança e solidão, por isso cresce uma cultura do imediatismo;
d)
Se por um lado existe o agudo
relativismo próprio de quem, não devidamente enraizado, oscila entre as
inúmeras possibilidades oferecidas, por outro há os fundamentalismos, que,
fechando-se em determinados aspectos, não consideram a pluralidade e o caráter
histórico da realidade como um todo;
e)
Muitas vezes, expressamos uma fé opaca e
tímida para um tempo que clama por beleza, verdade e bondade. Diferentes formas
de viver e pensar convivem em nossa cultura. Esse pluralismo liberta as pessoas
de normas fixas, mas também as desorienta pela perda das referências
fundamentais e gera a fragmentação da vida e da cultura;
f)
Muitos se afastaram e se afastam de
nossas comunidades porque se sentem rejeitados, onde a primeira orientação que
receberam fundamentava-se em proibições e não em uma proposta de viver a fé em
meio à dificuldade;
g)
Os jovens preferem as comunidades
virtuais para se relacionar do que as comunidades físicas;
h)
A transformação do nosso tempo,
mobilidade, dinamismo das relações, provocam uma nova concepção dos limites
paroquiais, sem delimitação geográfica;
i)
Há excesso de burocracia e falta de
acolhida em muitas secretarias paroquiais;
j)
Nossas paróquias precisam urgentemente
rever questões, como: dar atendimento aos doentes, aos solitários, aos
enlutados, aos deprimidos, dependentes químicos;
k)
Nossas comunidades precisam ampliar o atendimento
às grandes carências de nosso tempo, como: acompanhar as famílias, o povo de
rua, as populações indígenas, a miséria e a violência urbana;
l)
Entende-se a comunidade mais como uma
reunião de pessoas para realizar tarefas, compromissos ou serviços religiosos,
simples cumprimento de preceitos religiosos, do que uma comunidade que vive um
encontro pessoal com Jesus e se une para uma conversão contínua;
m)
O progresso científico que trouxe novas
tecnologias, o avanço da informática, a emergência da subjetividade, a
preocupação com a ecologia, o crescimento do voluntariado, o empenho pela
tolerância e o respeito pelo diferente despertam uma nova consciência de
pertença ao planeta e de integração entre tudo e todos;
n)
Há uma crise no Sacramento da Reconciliação,
afastamento de jovens da Igreja depois de crismados e a falta de vocações para
a vida presbiteral e religiosa.
2)
PERSPECTIVAS
PASTORAIS:
a)
Recuperar a noção de comunidade como
espaço de iniciação cristã, de educação e de celebração da fé, aberta à
pluralidade de carismas, de serviços e ministérios; organizada de modo
comunitário e responsável, integradora de movimentos de apostolados já
existentes, atentas à diversidade cultural de seus habitantes, aberta aos
projetos pastorais e supra paroquiais e às realidades circundantes;
b)
A catequese, a liturgia e a caridade
devem ser revitalizadas nas comunidades;
c)
A preparação dos sacramentos deve ter
uma experiência maior de intimidade com a Palavra de Deus, aprendendo a ler os
textos e a interpretá-los na unidade da Igreja;
d)
O cuidado com os necessitados impele a
comunidade a defender a vida desde a sua concepção até o fim natural. A prática
da caridade e da solidariedade exige de todos, uma participação política e o reconhecimento
de que a vida econômico-social deve estar a serviço da pessoa humana;
e)
A paróquia como comunidade de
comunidades deve se setorizar com grupos menores que favoreçam uma nova forma
de partilha a vida cristã. Depois definir quem vai pastorear, animar e
coordenar esses setores, pequenas comunidades. O protagonismo dos leigos serão
determinantes para o bom êxito da setorização;
f)
Devem-se considerar também as
comunidades cristãs ambientais ou transterritoriais, formadas por: grupos de
moradores de rua, universitários, escolas, empresários, artistas,
hospitais(enfermos, profissionais da saúde, funcionários, administração de
centros hospitalares, mais do que visita aos doentes e serviço de capelania). É
preciso pensar e planejar a ação evangelizadora nesses ambientes;
g)
Acolher em nossas paróquias as novas
formas de viver a fé cristã como as novas comunidades de vida e aliança;
h)
Oferecer a todos um encontro pessoal com
Jesus Cristo, só assim será possível ultrapassar uma pastoral de mera
conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária;
i)
A paróquia necessita de um pastor que
cultive uma profunda experiência de Cristo vivo com espírito missionário,
coração paterno que seja animador da vida espiritual e evangelizador, capaz de
promover a participação. O pároco precisa ser um homem de Deus que fez e faz
uma profunda experiência de encontro com Jesus Cristo. Essa vivência de
discípulo fará o pároco ir ao encontro dos afastados de sua comunidade. O padre
deve manter-se sempre atualizado diante das aceleradas mudanças que ocorrem na
modernidade. Cuidado com o ativismo(muitas atividades pastorais, sociais,
atendimentos individuais, celebrações rotineiras dos sacramentos), pois podem
prejudicar o equilíbrio pessoal do padre;
j)
O padre deve investir na formação dos
leigos para serem discípulos-missionários. Deve compartilhar com eles as
decisões pastorais e econômicas da comunidade, através dos respectivos
conselhos econômicos e pastorais, respeitando o plano de pastoral paroquial em
sintonia com o plano diocesano de pastoral;
k)
Buscar novos meios de comunicação,
especialmente as redes sociais para cativar os jovens. Promover uma comunicação
mais direta e objetiva, principalmente, nas homilias alicerçadas na Palavra de
Deus e na vida, cuidando do conteúdo e das técnicas de comunicação, tudo isso
pode, inclusive, reunir aqueles que se sentem distantes;
l)
Adaptar aos horários do movimento
urbano, valorizar a beleza e a simplicidade dos espaços da comunidade,
oferecendo espaços para meditação, adoração ao Santíssimo, oração pessoal, etc.
A comunidade deve fazer o seu caminho sempre unida à Palavra, a oração, a
comunhão fraterna e ao compromisso de serviço aos pobres;
m)
A catequese como iniciação à vida cristã
trata-se de passar da catequese como instrução e adotar a metodologia
catecumenal, conforme orientação do Ritual da iniciação cristã de adultos(RICA)
e do Diretório Nacional, propondo, inclusive, para os membros da comunidade uma
formação catecumenal que percorra as etapas do querigma, da conversão, do
discipulado, da comunhão e da missão. Os agentes de pastorais também precisam
de catequese permanente;
n)
A comunidade deve marcar presença em
todos os dramas humanos que as pessoas enfrentam: desde as crises existenciais
diante do luto, até os grandes desafios sociais: ecologia, ética na política,
economia solidária;
o)
Acolher, orientar e incluir nas
comunidades aqueles que vivem numa outra configuração familiar;
p)
Como comunidade servidora e protetora da
vida, desenvolva uma educação e pastoral ambiental, em defesa da integridade da
terra e do cuidado da biodiversidade;
q)
Cuidar da pastoral da acolhida, da
escuta e do aconselhamento.
Missão nasce da compaixão pelos que
sofrem.
11º Plano Arquidiocesano de
Evangelização
Eixos
– Urgências – Realidades Iluminadoras – Prioridades – Pistas de Ação
1º Eixo – IGREJA
ORANTE
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Urgências
das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015)
|
Igreja:
casa da iniciação cristã
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Igreja:
lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
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Realidade
Iluminadora
|
Ano da Fé
|
Prioridade
|
Catequese
|
E Pistas de Ação (exemplos):
-
Promover a prática da leitura orante da Palavra
de Deus – Lectio Divina;
-
Incentivar e promover retiros populares
periodicamente (1 ou 2 vezes por ano);
-
Incentivar, promover e intensificar o Culto
Eucarístico fora da Missa: adorações, Cercos de Jericó, Tríduos Eucarístico,
etc.
-
Organizar um Congresso Eucarístico
Arquidiocesano para o encerramento do Ano da Fé;
-
Realizar Romarias Arquidiocesanas fortalecendo
as experiências já existentes;
-
Promover a Escola da Fé por setores e áreas e/ou
paróquias, incentivando o estudo do Catecismo e dos Documentos da Igreja,
especialmente do Concílio Vaticano II;
-
Colocar em prática o RICA (Rito de Iniciação
Cristã de Adultos) e favorecer a devida preparação e formação para tal prática;
-
Colocar em prática as decisões do Sínodo
Arquidiocesano sobre a administração dos Sacramentos, sobretudo o Batismo;
-
Promover a Iniciação Cristã nas obras sociais;
-
Enfatizar e promover a formação litúrgica e
sacramental
2º Eixo – IGREJA
MISSIONÁRIA
|
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Urgências
das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015)
|
Igreja em
estado permanente de missão
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Igreja: comunidade
de comunidades
|
|
Contexto
Atual
|
Semana Missionária da Jornada Mundial e JMJ
|
Prioridade
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Evangelização da Juventude
|
E
Pistas de Ação (exemplos):
-
Promover as Santas Missões Populares revendo os
procedimentos;
-
Fortalecer o COMIDI e o COMIPA;
-
Promover e Estruturar a Pastoral do Turismo e/ou
Equipes de Acolhida ao turista;
-
Apoiar e promover a criação de novas comunidade
e paróquias;
-
Organizar a Semana Missionária da Jornada;
-
Fortalecer e dinamizar o Setor Juventude nos
diversos níveis;
-
Promover cursos de formação de lideranças
jovens;
-
Trabalhar a Campanha da Fraternidade 2013;
-
Dar ênfase a Pastoral Vocacional;
-
Articular a Escola Arquidiocesana de
Comunicação;
-
Celebrar o Centenário do Jornal o Semeador.
3º Eixo – IGREJA
SAMARITANA
|
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Urgências
das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2011-2015)
|
Igreja a
serviço da vida plena para todos
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Contexto
Atual
|
Criação do Instituto da Família
|
Prioridade
|
Família
|
E
Pistas de Ação (exemplos):
-
Dar maior visibilidade às ações das pastorais
sociais ;
-
Dinamizar as Pastorais Sociais;
-
Aumentar o alcance e dinamizar as obras sociais
da Arquidiocese: Fazenda da Esperança, Casa do Servo Sofredor, Casa Betânia,
etc;
-
Criar Pontos de Apoio nas Áreas e Setores para
alargar o alcance das Pastorais e das Obras Sociais;
-
Celebrar o Dia da Solidariedade;
-
Concretizar o Instituto da Família;
-
Criar e promover uma “Pastoral do Namoro”.
E
O Plano Arquidiocesano de Pastoral aponta apenas pistas de ação em forma de
orientações gerais, a serem seguidas pelos Áreas/Setores e Paróquias na
elaboração de ações concretas para a vivência do Plano.
CONVOCAÇÃO
PLANO DE EVANGELIZAÇÃO
De nossa paróquia (matriz e comunidades)
Queridos irmãos e irmãs, nosso ano de 2013 está apenas na metade; devido ao crescimento de nossas comunidades, sentimos a necessidade de organizar melhor nossas ações: pastorais, celebrativas e administrativas, tendo em vista aos vários desafios daqui para frente como:
· Seguir as propostas de evangelização de nossa Igreja no Brasil que trouxe recentemente o tema: Comunidade de Comunidades: Nova Paróquia. Em que essa nova proposta afetará nossa paróquia N.Sra da Guia ?
· Como adaptar os resultados da última Assembleia Arquidiocesana de Pastoral de Maceió ocorrida em dezembro do ano passado, junto a nossa realidade paroquial?
· Neste 2º semestre teremos as festas de nossos padroeiros e padroeiras. Como organizá-las de forma articulada com todas as nossas comunidades?
· Construção de duas capelas: São Miguel e Santa Quitéria;
· Formação de duas comunidades: Santa Quitéria e do Alto da Boa Vista;
· Espaços para reuniões: pastorais, formativas, celebrativas, etc...;
· Outras iniciativas.........
CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA PAROQUIAL DIA 03/08 SÁBADO
13:00h às 18:00h
LOCAL: BOSQUE MUNICIPAL
A Igreja católica pretende ser: ministerial, missionária, ecumênica, servidora, participativa, transformadora, celebrativa, proposta do Concílio Vaticano II que este ano está completando 50 anos de existência. Será que estamos vivendo a proposta do Concílio Vaticano II ? , mais um motivo para que a nossa paróquia avalie sua caminhada.
Por todos esses motivos estamos convocando essa Mini-Assembleia paroquial que acontecerá no dia 03 de agosto das 13:00h às 18:00h no Bosque Municipal. Toda a comunidade está “convocada” a participar desse momento novo e expressar seu pensamento e proposta para o futuro de nossa vida comunitária paroquial.
Portanto, querido irmão e irmã, contamos com sua presença neste dia, anime também seus irmãos de pastoral, vizinhos, paroquianos a participarem deste encontro de avaliação e planejamento de nossa ação pastoral enquanto paróquia Nossa Senhora da Guia (matriz e comunidades).
“Há muitos membros, mas um só corpo”(ICor 12,20). Essa é a nossa Igreja, todos somos membros de um único corpo que a Igreja de Cristo que somos todos nós. Que o Espírito Santo que animou São Jerônimo Emiliani e tantos outros santos e santas de nossa Igreja ,continue animando nossa missão para que assim possamos permanecer em Cristo produzindo muitos frutos(missão).
Em Cristo,
_______________________________________
Pe. Sérgio Augusto Faria Vidal
Paróquia Nossa Senhora da Guia
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