PROJETO DE VIDA


Projeto Pessoal de Vida: uma necessidade vital
 
1. Introdução
Na minha história de vida, como cristão católico, em meio ao contexto eclesial juvenil, percorri os mesmos caminhos que muitos assessores adultos fizeram. Hoje posso dizer com toda firmeza, que a Pastoral da Juventude foi e continua sendo um grande referencial de crescimento pessoal, social e espiritual. Como tantos outros, cometi erros que mais tarde a história veio a confirmar. Não podemos viver apenas do improviso e da boa vontade no ministério de assessorar a juventude. Precisamos sim, mais do que nunca de cristãos assessores que de fato façam opção pela juventude, sendo entendedores daquilo que estão fazendo. Ainda como se fosse hoje, me lembro com considerável precisão o quanto o CAJO – Curso de Assessores Jovens, em Porto Alegre – RS., ajudou-me a consolidar a causa da Pastoral da Juventude como uma das maiores opções evangélicas dentro do meu projeto pessoal de vida.
            Tendo a grande oportunidade de fazer o Curso de Pós-Graduação, com especialização em Juventude, na UNISINOS, São Leopoldo-RS., defini como tema da minha monografia: PROJETO PESSOAL DE VIDA, no intuito de poder entender mais sobre essa complexa necessidade do ser humano. Complexa porque o delineamento e a construção de um PPV requer o envolvimento integral da pessoa, sendo simplesmente impossível desconecta-lo da própria história pessoal, pois na verdade é aí que se constituem ou não, os fundamentos essenciais de um PPV. Necessário, enquanto um “instrumento”  que, se bem estruturado e respeitado, liberta a pessoa de suas próprias prisões rumo à liberdade e autonomia.
            Na consciência de ser um iniciante nessa reflexão, quero compartilhar com todos, alguns aspectos que me incomodam e que confirmam a minha decisão de escrever sobre essa temática. Não é a minha intenção em propor passos, ou formas de acompanhamentos. Nesse sentido, já podemos encontrar pistas nos artigos anteriores. Como disse, são questões que vão surgindo nesse processo de construção e de síntese, e que na tentativa de compreendê-las coloco no papel.
 
2. Fazer um Projeto Pessoal de Vida hoje?
            A partir da nossa prática de pastoral juvenil, fica evidente que refletir sobre a construção de um projeto pessoal de vida não é a nossa praia. Isso é o reflexo de uma situação social histórica que nada nos ajudou nesse sentido, e que hoje se concretiza num mundo onde a nossa juventude vive somente o presente, tentando a todo custo tirar dele todos os prazeres possíveis. O público juvenil, como grupo de consumo, é um dos grandes alvos da mídia e da era informatizada. Daí, como conseqüência de uma situação caótica social, esse mesmo público acaba sendo envolvido por situações de violência moral, corporal, social e até religiosa. Vivemos num tempo onde tudo tem que acontecer de forma imediata. Perdemos de vista a noção do “planejar” e  do “projetar” .
            Não faz parte da nossa cultura cotidiana (família, escola, religião...) a prática de projetar, de olhar para um futuro próximo de 10 anos e responder as seguintes perguntas: como quero estar vivendo? com quem quero estar vivendo? onde quero estar vivendo? em função de que, quero estar vivendo? Nesse sentido precisamos de uma guinada cultural, partindo da nossa prática individual, social e religiosa. Porque será que, apenas nos seminários ou conventos, os (as) jovens tem a oportunidade de receber um minucioso acompanhamento (nem sempre bem conduzido) na construção do seu Projeto Pessoal de Vida? Será privilégio? Certamente que não, porém temos que fazer essa prática de acompanhamento acontecer também, e sobretudo nas famílias, escolas e nos meios eclesiais. Às vezes “forçamos a barra” pedindo aos jovens que façam um projeto de seguimento a Jesus Cristo sem antes ajudá-los a delinear o seu projeto pessoal, enquanto mulher e homem cidadão. E aqui vejo com muita clareza, que a Pastoral da Juventude do Brasil pode e deve ajudar os milhares de jovens que estão sem rumo e direção, através de um sério acompanhamento de educadores e assessores que realmente entendam daquilo que estão fazendo. Parafraseando com as palavras do Pe. Fernando Altmeier, que, na ocasião do 14o. CAJO em 1994 disse: precisamos tirar os jovens  que estão pregados na cruz, quero representar o que significa proporcionar aos jovens a construção de um PPV. Eles precisam de pais, mães, educadores, assessores e mestres que os orientem na vida. Eles necessitam de apalpar uma proposta de vida, de paz e de felicidade, que transcenda essa realidade de escravidão.
 
3. Porque elaborar um projeto pessoal de vida?
            O PPV, procura dar resposta às perguntas mais conflitantes que um ser humano pode fazer a si mesmo. Partindo do critério da sobrevivência social uma pessoa pode contemplar em seu projeto, as “exigências” para se viver bem numa sociedade, como um emprego, uma boa formação profissional, uma família... e mesmo assim se encontrar inquieto por não conseguir satisfazer seus anseios mais profundos.
            O PPV deve ajudar a pessoa a aproximar o mais possível o “eu ideal” do “eu real”. O “eu ideal”  significa aquilo que o ser humano quer vir a ser, e o “eu real” é aquilo que a pessoa é na mais pura realidade. Certamente como dito acima, esse “eu ideal”  é vislumbrado a partir de experiências positivas ou negativas, realizadas ao longo da história de cada um. Aqui se justificam possíveis projetos sem a presença de valores humanos, morais ou religiosos, marcados pelo “eu real”.
            O PPV deve causar mudanças no presente, iluminado pelo passado, visando o futuro. Ou seja, a partir da história pessoal de vida de cada um, se almeja por um futuro diferente, porém que deve ser construído no presente, de forma gradual e processual, e que contemple uma realização individual e coletiva. Um PPV jamais pode ser em função de uma realização individual, isolada da dimensão coletiva.
            O PPV propõe àquele que se prontifica em constituí-lo, um mapeamento claro de seus objetivos de vida, de suas vontades, sentimentos e confissão religiosa, para conduzi-los dentro de alguns nortes, definidos e discernidos. Esses “nortes” , por exemplo, podem ser a justiça, a verdade, a honestidade... À luz dessas diretrizes gerais, todas as pequenas até as grandes decisões, devem ser justificadas. Por outro lado o PPV não pode ser compreendido como uma “camisa de força”. Não podemos servir ou “idolatrar” o PPV, e sim o PPV deve nos conduzir e ajudar, trazendo-nos sim inquietações, mas também paz e serenidade. Para tanto, se necessário for, tal proposta deve ser revista, ajustada e redimensionada. Aqui é preciso sabedoria, e sobretudo acompanhamento em perceber quando é preciso de fato, “obedecer” àquilo que foi proposto a fazer, seguindo sempre os princípios e crenças. É preciso ficar atentos, porque na dinâmica do PPV nem tudo causará prazer. Por vezes, será preciso sustentar decisões que possam trazer sentimentos de angustias, de dor, de renuncias... e aí é preciso clareza, coragem, determinação e confiança.
            Todo e qualquer PPV deve responder às necessidades vitais do ser humano, sejam elas de ordem físico/biológicas, emocionais/psicológicas ou religiosa/transcendentais.
 
4. Projeto Pessoal de Vida e opção religiosa
            Pode nos parecer estranho, propor esse sub-título dentro do contexto eclesial que vivemos com a juventude. Sem contradições antropológicas, atualmente fica claro que está inerente ao homem, a dimensão religiosa, enquanto existência de uma abertura para o inexplicável, para o transcendente. Tal dimensão (religiosa/transcendental) como já refletimos acima, deve ser cuidadosamente respeitada, pois de constitui como uma das necessidades naturais do ser humano, e para tanto o PPV deve responder aos apelos que daí surgem.
            A maior intriga que me fez escolher tal temática para conclusão de curso, foram por algumas questões que agora partilho: será que o nosso ponto de partida ao propor aos jovens um PPV é sempre a religião? é possível desvincular o PPV de uma determinada confissão religiosa? será que não queimamos etapas entre o humano e o divino? Como desmistificar o PPV? Como propor um projeto de seguimento a Jesus Cristo, se não ajudamos a juventude a entender que a sua dimensão humana é condição para tal?
           
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Nesse sentido, apenas para visualizar essa angustia, proponho o seguinte esquema:

           

P

(Projeto)

PP

(ProjetoPessoal)

PPV

ProjetoPessoal de Vida)

PPVC

(ProjetoPessoal de Vida Cristã

PPVCE

(ProjetoPessoal de Vida Cristã Específica)

            O formato piramidal da imagem é apenas uma coincidência. Mesmo que a ordem de distribuição entre os momentos da dinâmica do processo possa sugerir uma dicotomia, as setas significam que a dimensão religiosa está implicitamente em todos os momentos da vida e explícito em outros, da mesma forma que a dimensão humana (pessoal) também é elemento fundante em todos os momentos, sobretudo na opção religiosa e vocacional.

            Com esse esquema quero chamar a atenção, que na nossa prática de pastoral com a juventude, devemos não apenas ser entendedores em propor um projeto de vida com um enfoque extremamente religioso, mas também em prever e refletir sobre aquilo que deve anteceder tal opção, até para que ela tenha fundamentos capazes de sustentar as decisões tomadas. Para assumir uma vocação específica (matrimônio, vida religiosa, sacerdotal, leiga...) que de fato seja entendida como um chamado de Deus, necessitamos ser profundamente humanos e cristãos.

 

5. Projeto Pessoal de Vida na idade juvenil

            Partindo de experiências pastorais com a juventude desde 1985, posso dizer que precisamos entender melhor quando falamos de juventude. Recentemente, ao assessorar um encontro da específica PJ enquanto específica, no Regional Sul II, a questão em discussão era se o nosso público alvo seriam os jovens ou adolescentes? No exercício em dar uma definição a esses grupos distintos, inclusive os pré-adolescentes, o grupo entrou em crise e contradições. Mas era justamente aí que deveríamos chegar. Há momentos que é preciso “desconstruir” para construir.

A palavra período, que pouco usamos, enquanto um espaço de tempo caracterizado por certos fatos, acontecimentos ou fenômenos (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, p. 2189), identifica com  mais clareza os diferentes momentos que o ser humano percorre, ao sair da infância até chegar à idade adulta.  Ainda recorrendo ao mesmo dicionário vemos que a pré-adolescencia é um período imediatamente anterior à adolescência, e a adolescência é a passagem à juventude, e jovem é aquele que já atingiu a idade adulta. A primeira definição dada à palavra juventude é o período da vida do ser humano compreendido entre a infância e o desenvolvimento pleno de seu organismo. Vale mencionar aqui a visão biocronológica da juventude,  apresentada pelo CELAM – Conselho Episcopal Latino-Americano, no livro Civilização do Amor: tarefa e esperança, 1997, p. 33, define que a juventude como a idade da pessoa em crescimento. Pode-nos parecer tudo muito óbvio. O fato é na prática, fazemos uma grande confusão, por falta de discernimento, competência ou sensibilidade. Durante 6 anos, participei da Pastoral da Juventude numa Paróquia, onde identificávamos pelo menos esses três grupos distintos (pré-adolescentes, adolescentes e jovens), e tudo resultava em um trabalho que tinha processo gradual de acompanhamento e formação, facilitando um melhor mapeamento dos conflitos e avanços.

            Hoje, a partir da nossa prática, podemos reconhecer e identificar no geral, quatro períodos distintos dentro da seguinte cronologia:

Período
Faixa etária
Pré-adolescentes
10 a 13 anos
Adolescentes
14 a 17 anos
Jovens
18 a 23 anos
Jovens adultos
24 a 29 anos

 

Percebemos, que dentro dessa reflexão, podemos privilegiar também os chamados “jovens adultos” , para os quais, na maioria das vezes também não conseguimos elaborar uma proposta pastoral à altura. Uma outra menção necessária, é esse “discernimento” citado no quadro acima, feito pela Equipe Talitá Kum da cidade de Buenos Aires na Argentina, ligados ao ISPAJ – Instituto Superior Pastoral de Juventud, do Chile. Essa equipe tem como característica em preparar instrumentos de trabalho e reflexão a partir de experiências aplicadas e também, em evidenciar a temática juvenil em chave vocacional. Existem já importantes subsídios destinados aos pré-adolescentes, ao adolescentes de 14 e 15 anos e a adolescentes de 16 e 17 anos.

Não trago nenhum embasamento técnico profundo, porque, essas distinções de faixa etária são feitas a partir do interesse do grupo que está investigando. Sabemos que nem mesmo as normas legislativas nos ajudam para essa compreensão, pois há critérios para o poder do voto, outros para o poder de aquisição da carteira de motorista, outros para decisões penais, etc. Em outras situações, esses períodos sofrem grandes influencias da cultura predominante, do mercado, da mídia...

Se quisermos ser mais audaciosos e eficazes na nossa ação pastoral, devemos considerar e respeitar esses períodos distintos, e não colocar tudo dentro de um único saco. A pergunta a ser feita dentro do nosso tema é: Como trazer elementos de reflexão que favoreçam o surgimento por parte deste público juvenil, na construção de um Projeto Pessoal de Vida? E aí então quero justificar o porque dessa reflexão anterior. Acredito que podemos contribuir muito com a nossa juventude, desde a pré-adolescencia, na proposta de refletir sobre a necessidade e importância do PPV.

 

6. Desafios

“Os jovens são volúveis, coléricos e exagerados ... Vivem de esperança ... Vivem mais pelo instinto...Gostam da amizade. Julgam saber de tudo e serem capazes de resolver todas as dificuldades”. (Aristóteles, 350 a.C)

Assim como nos mostra a própria história, achamos que hoje vivemos uma situação própria, com desafios extremamente situados, fazendo-nos perder de vista o nosso passado e impedindo-nos de projetar um futuro com menos erros.

Tal período (juvenil) da vida do ser humano se apresenta diversamente concebida na historia. Em qualquer sociedade, esse período representou um momento de crise individual. É uma fase crucial que marca o indivíduo na participação da sociedade, em momentos de incertezas, de procura de aprendizado, onde muitas decisões importantes são tomadas podendo moldar  a sua própria felicidade ou exatamente ao contrário.

Temos que ajudar os jovens a vislumbrar nortes, na tentativa de construir um futuro que esteja em sintonia com o seu objetivo de vida (a ser discernido), seu coração, seus valores, sua fé e com as suas habilidades, competências individuais e coletivas. No geral, temos uma juventude escravizada pelos valores sociais predominantes (prazer, poder...) e pela situação caótica em que vivemos. Os jovens são impossibilitados de planejar, pois a tensão da pós-modernidade o impede, dicotomizando a sua vida (razão/coração/transcendência). Por vezes se vive exclusivamente para a própria subsistência tendo que renunciar sonhos, estudos...

Através da proposta do PPV, podemos ajudar os jovens a construírem um propósito de vida. É uma tarefa árdua, porém muito importante e necessária. Para trabalhar com o público juvenil enquanto educador/assessor, na tarefa de ajudá-los efetivamente, é necessário pelo menos uma graduação. A prática nos indica que apenas a boa vontade não responde mais aos desafios. Precisamos ir ao encontro da ciência buscando respostas que nos ajudem a interpretar e a entender o que passa de tão importante e construtivo nesses períodos da vida. Em outras palavras, precisamos de competência. Não podemos continuar fingindo que educamos e evangelizamos os jovens, e eles fingirem que estão sendo educados e evangelizados por nós.

 

7. Considerações finais

 

            Hoje, não é fácil encontrar jovens , que no seu passado tenha parado para pensar e decidir sobre a sua vida futura. Alguns até lamentam por não ter feito esse exercício, dizendo que se pudessem voltar atrás teriam outra vida, ou seja, uma jovem que vislumbra como quer viver a sua vida futura, impõe desde já “balizas” na sua vida presente que o ajudaram a acertar mais e a errar menos. Percebemos que a realização de um PPV proporciona o desenvolvimento e amadurecimento das opções sociais e religiosas e hoje, no mundo do “imediato” temos que ser sensíveis em escutar o “grito” de uma juventude empobrecida e escravizada, mas que dentro de si trás sempre a notícia do “novo”.

            Ao refletir sobre o Projeto Pessoal de Vida, temos que assistir mais de perto os períodos da pré-adolescencia, da adolescência e dos jovens. Não tenho a certeza se é correto refletir sobre o PPV sem o enfoque explícito do religioso/pastoral. A única certeza que tenho é que estamos falhando no processo de acompanhamento e formação dos nossos jovens.

            Espero que a questão do Projeto Pessoal de Vida, bem como a Pastoral Vocacional não sejam temas de moda, mas que permaneçam nas nossas reflexões.

            No desejo de poder aprofundar e discernir mais sobre essa temática conto com ajuda de todos na socialização de reflexões, bibliografias ou artigos, e que, nos nossos projetos pessoais de vida, Jesus Cristo possa ser a grande meta.

 

Ney de Almeida Guimarães

Leigo da Arquidiocese de Curitiba

neyguimaraes@uol.com.br

 

        

MODO DE ELABORAR SEU PROJETO DE VIDA PESSOAL


Preliminares:


1. Busque um lugar tranqüilo e confortável, para você trabalhar cada exercício


2. Escute uma música, leia um poema, faça uma leitura bíblica... escolha sempre algo que o/a ajude a entrar em sintonia com seu projeto.


3. Busque conversar com Deus sobre seus desejos e preocupações, peça discernimento nas escolhas a serem feitas e coragem.


 


1º EXERCÍCIO: COMPREENDENDO SUA HISTÓRIA


• Faça levantamento breve do que você consegue lembrar de sua vida pessoal até hoje (onde nasceu, o que estava acontecendo na época no Brasil, quem são seus pais, historia do seu nome, etc..);


• Principais acontecimentos da vida em relação: à família, afetividade e sexualidade, escola, trabalho, Igreja, atuação pastoral, participação social e cultural. Pode-se organizar o relato por faixas etárias);


• Descrever você com suas características e com as características indicadas por outras pessoas;


• Hoje, quais são seus compromissos: o que faz? Por quer faz? Como faz? E o que sente?


 


2º EXERCÍCIO: OLHANDO A SITUAÇÃO ONDE VOCÊ VIVE


• Descrever a situação local onde mora e destacar alguns aspectos: situação econômica, social, cultural, religiosa.


• Descrever a situação do local onde trabalha e onde atua (Pastoral, social, cultural)


• O que sua realidade cotidiana exige de você?


 


3º EXERCÍCIO: SONHANDO UM NOVO MUNDO POSSÍVEL


• Que qualidades deve ter uma pessoa? Quais as condições para se realizar como gente? Que projeto de humanidade você deseja ajudar a construir?


• Como você imagina a sociedade ideal para todos viverem? Como poderia ser a escola, a saúde, a moradia?


E a relação com o planeta? Como poderiam ser as relações de gênero? Que projeto de sociedade você sonha?


• Em que você acredita? Quem é Deus para você? Quem é Jesus Cristo? Qual modelo de igreja você sonha?


 


4º EXERCÍCIO: REVENDO SUA ATUAÇÃO


• O que lhe dá prazer nas coisas que realiza? (trabalho, estudo, lazer, serviços pastorais/ culturais ou sociais)


• De que forma você desenvolve essas atividades? Como gostaria de desenvolvê-las?


• Em quais atividades você gostaria de centrar suas energias?


 


5º EXERCÍCIO: REVENDO SUA VIDA PESSOAL


• Como anda a relação com você mesmo?


• Como andam seus relacionamentos?


• O que você faz que aproxima ou afasta as pessoas?


• Construa uma rede de suas relações – coloque você no centro e as relações que você constrói: família, amigos, namoro, escola, trabalho, lazer, igreja, grupos culturais, etc... Quais são estas pessoas? O que elas pensam do mundo? O que elas pensam sobre sua atuação? Quem é (são) a(s) pessoa(s) que mais incentiva você?


• Que influência essas pessoas tem sobre você?


• O que deve mudar nestas relações?


 


6º EXERCÍCIO: REVENDO A SUA VIDA PROFISSIONAL E SOCIAL


• Como você se sente em relação ao que faz profisssionalmente?


• O que você tem feito para capacitar e realizar profissionalmente?


• Como você tem garantido as questões básicas de sua sobrevivência: moradia, saúde, cuidado com corpo, lazer...?


• Que recursos (meios) você tem buscado para possibilitar esses direitos? Com quem você soma forças para conquistar  estes direitos?


 


7º EXERCÍCIO: ASSUMINDO ALGUMAS DECISÕES


• Que Decisões ou atitudes (ações concretas) você pretende tomar nos seguintes aspectos:


a. Relacionamento familiar


b. Relacionamentos afetivos


c. Vida de estudo e preparação profissional


d. Vida eclesial ou pastoral


e. Vida no trabalho


f. Vida social, cultural e esportiva


g. Vida diária


h. Relacionamento consigo mesmo/a


i. Relacionamento com Deus


 


8º EXERCÍCIO: ABRINDO CAMINHOS


• Liste os recursos e pessoas que você poderá buscar para ajudar a realizar o seu projeto.


• Em que este exercício ajudou ou dificultou a sua reflexão sobre projeto de vida?


 


Se possível, é bom ter uma pessoa para conversar e clarear as idéias, e também


acompanhar sua elaboração. Escolha alguém para acompanhar o processo ou


forme um grupo de amigos e amigas que queiram elaborar juntos.


- Separe um tempo para elaborar o projeto. Todos os passos podem demorar até 3


meses, tendo como referência os próximos 3 (ou mais) anos.


 


 


 


Texto tirado do livro “Projeto de Vida”- coleção Papo Jovem, de


Carmen Lúcia Teixeira e Lourival Rodrigues da Silva, publicado pela


Casa da Juventude Pe. Burnier, Goiânia-GO.



   

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