FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS
Coordenação Nova Aliança 17/05 19:00h
Paróquia N.Sra da Guia
1)
Competências
essenciais na arte de liderar\ de se realizar: O nome que se dava à
tripulação de um barco na Antiguidade latina há 700 anos, no mundo do final da
Idade Média, era Companhia. No cerne da palavra está o pão, que era o
único alimento que durava, que sobrava sem estragar. Por isso, Companhia era a
expressão originada no latim da junção cum, pan, ia que significa “Vão com o
mesmo pão”. Companhia, portanto, assumiu o sentido de “aqueles que repartem o
pão”. Assim como as expressões “companheiro” e “companheira” aquele e aquela
que reparte o pão com você em direção ao futuro. Como o líder precisa ser
companheiro e também ter o outro como companheiro, ao mesmo tempo em que ajuda
a companhia em sua transição para o outro, cabe a ele cultivar cinco
competências essenciais nessa grande arte de interação:
a) Abrir a mente: o líder deve ficar
atento aquilo que muda e estar sempre disposto a aprender e nunca desistir;
b) Elevar a equipe: o liderado percebe
claramente quando você é capaz de, ao crescer, leva-lo junto. O líder é aquele
que consegue elevar a equipe; quando ele cresce, a equipe cresce com ele. Um
poder que se serve, em vez de servir, não serve; Ex. equipe do bazar do Centro
Social Maria Mãe dos Órfãos
c)
Recriar o
espírito: as pessoas devem se sentir bem e ter alegria onde estão.
Seriedade não é sinônimo de tristeza. Tristeza é sinônimo de problema;
d)
Inovar a obra:
liderar pressupõe a capacidade de se reinventar, de buscar novos métodos e
soluções;
e)
Empreender o
futuro: não nascemos prontos, também não somos inéditos, mas tampouco somos
ilhas. Ser capaz de construir o futuro é pensar nas estratégias, nas condições
e nas possibilidades. Eu nasci não pronto e vim me fazendo. “Somos todos anjos
com uma asa só; e só podemos voar quando abraçados uns aos outros” filósofo.
Quando dois homens vem andando na estrada, cada um carregando um pão, e trocam
os pães quando se encontram, cada um vai embora com um pão. Mas, quando dois
homens vem andando na estrada, cada um com uma ideia, e ao se cruzarem trocam
as ideias, cada um vai embora com duas ideias.
NÚCLEO CENTRAL E SENTIDO MAIS
PROFUNDO
A) Somos
discípulos-missionários do Senhor num particular carisma que exige um estilo e
vida comunitária que se atualiza exprimindo-se em várias atividades
apostólicas. Sentimos a necessidade de alargar nossa “tenda jovem” em termos de
composição de juventude(s).
B) Diante
desses inúmeros desafios em relação ao trabalho com as juventudes, precisamos
tornar nossas estruturas (grupo, Igreja, formação, convivência, comportamentos,
etc) mais “leves”(dinâmica) para avançarmos com agilidade de olhos fixos em
Jesus e no nosso projeto e missão com as juventudes. Avançar no núcleo central
e sentido mais profundo da nossa opção de discípulos-missionários de Jesus
Cristo que é a:
·
Mística-cruz;
·
Vida comunitária;
·
Missão.
f)
·
MOTIVAÇÃO: “Aos gentios convertidos:
não colocar exigências além do necessário” (At15,28). A misericórdia, o segredo
de leveza de Jesus: “venham a mim todos vocês que estão cansados e
sobrecarregados. Assumam as minhas exigências e aprendam de mim, e encontrarão
repouso. Minha carga é suave e meu fardo é leve”(Mt11,28s). A liberdade que
brota da comunhão com Deus: espigas arrancadas no sábado. Obedecer e
transgredir, com sabedoria e ousadia profética (Mt12, 1-8).
·
Leveza: alegria, flexibilidade,
liberdade, para não tornar a vida dura e pesada. A leveza para responder com
disponibilidade e agilidade aos apelos de Deus nos dias de hoje. A base pessoal
da leveza consiste na construção contínua da identidade pessoal:
autoconhecimento, acolher seu lado luminoso e sombrio, pois se a identidade é
mal construída se sente ameaçada reagindo com rigidez e dureza, onde o outro
passa a não ser mais o meu interlocutor mas ameaça. A insegurança gera dureza e
a liberdade interior gera leveza. O específico de uma vida de
discípulos-missionários do Senhor: Para elaboração do projeto comunitário a
nível local(paróquia N.S.Guia-grupo de jovens), a comunidade ou o grupo deverá
aprofundar os conceitos de seguimento de Cristo, vocação, consagração,
comunidade fraterna, missão, carisma próprio, etc ao lado deste estudo deve-se
procurar viver uma vida coerente com esses pressupostos, motivo pelo qual a
vida de oração e a contemplação serão essenciais e fundamentais, lembrando
também que a antropologia sempre foi o ponto de partida de toda vida
teocêntrica e de todo exercício da missão.
·
O impulso profético na vida da comunidade: o
profeta é um homem de oração pessoal e comunitária em favor do povo, ao mesmo
tempo que se manifesta vitalmente comprometido em favor de seus co-irmãos, com
os quais e pelos quais reza e luta.
·
Característica do profeta: um homem de Deus
portador do Espírito, tem valor de sinal escatológico, profecia dos valores
transcendentais e de que a salvação do homem já chegou ao nosso mundo; atento aos
sinais dos tempos; a verdadeira profecia nasce de Deus, da amizade com ele, da
escuta diligente da sua Palavra nas diversas circunstâncias da história, a
busca apaixonada da vontade de Deus, uma comunhão eclesial generosa e
imprescindível, o exercício do discernimento espiritual, o amor pela verdade.
2) Discipulado
de Jesus entre iguais (Vida Comunitária)
·
MOTIVAÇÃO: Cultivar atitudes de leveza como: alegria e simplicidade; olhar e
valorizar o positivo das pessoas e dos processos; falar sobre eles, celebrá-los;
exercitar o reconhecimento e a gratidão às pessoas (consagrados\as, leigos\as);
cultivar o coração de criança; equilibrar o trabalho com lazer, descanso,
exercício físico, gratuidade; dar o peso que as situações merecem; conter o
exagero e o pessimismo; ter princípios e levá-los em conta nas decisões.
Investir na formação das pessoas: jovens e das lideranças
·
Rever funções e rotinas que sugam o tempo e
energia e não produzem os resultados necessários; ter pessoas conectadas com o
mundo moderno; criar processos para alcançar resultados esperados. As
organizações modernas reduziram os níveis de chefia e os controles inúteis, e
ampliaram o empoderamento dos colaboradores. Rever a forma de fazer reuniões:
preparação, discussão, decisão, tarefas, acompanhamento das decisões. Limitar o
tempo e a quantidade de reuniões. Criar formas mais rápidas de tomar decisões.
Distintas formas de reuniões: reflexão(ampliar horizontes). Resolver assuntos
de rotina, tomar decisões estratégicas, resolver questões ligadas a pessoas,
oração, convivência. A comunidade com
identidade carismática: a comunidade
deve viver segundo a orientação do dom carismático recebido e proposto.
3)
Discipulado missionário de Jesus Cristo
(Missão)
·
MOTIVAÇÃO: “Somos chamados a comungar e vivenciar o Carisma e a Missão de Jesus
Cristo junto àqueles leigos que se identificam com o nosso jeito de ser”.
Que serviços são bons e devem ser mantidos? Que serviços foram importantes ,mas
já hoje não são significativos? Que serviços podemos servir hoje? de que forma?
Promover iniciativas com outros grupos, pastorais, comunidades para somar e
multiplicar. Parcerias bem sucedidas onde cada um oferece o melhor de si e
recebe dos outros também. A animação juvenil deve fazer o mundo lembrar
o que pode ser: no mais intimo, no melhor dele mesmo, no mais humano. A
animação juvenil vive na fronteira da sociedade para criticá-la, no mais íntimo
para confortá-la, no epicentro da sociedade para questioná-la. A animação
juvenil deve lembrar ao mundo a vontade de Deus. “Saibamos sair da rotina e viver a radicalidade do evangelho. Sejamos
expressão de uma nova fantasia da caridade, capaz de recomeçar com novas
propostas e projetos” (Cap. Geral 2005)
PARA REFLETIR:
1) Quais
atitudes de leveza e agilidade já desenvolvo pessoalmente e na prática de
animação e coordenação? Quais atitudes necessito desenvolver, para ser mais
feliz e ter energia na missão? Que relação podemos estabelecer entre
“obediência” e “Projeto Comunitário”? Como
podemos distinguir uma obediência madura?
2) Minha
vida espiritual: quais são as motivações que sustentam a minha participação
na missa? Com que frequência participo dela? Quais são os objetivos que quero
alcançar através da meditação da Palavra de Deus?
3) Minha
vida intelectual: quantas horas por dia quero dedicar aos estudos? O que me
proponho a alcançar, por meio dos estudos, aprofundamentos, leituras? Para
aprender a dar e partilhar, me proponho a estudar em grupo, com os colegas?
4) Minha
vida de relacionamento com os outros: quais são os valores sobre os quais
quero fundamentar uma amizade? Como descobrir se os meus colegas me levam para
o bem ou para o mal? Quais são as pessoas com quem quero me empenhar, para amar
mais?
5) Minha
vida vocacional: quais são os sinais da existência de minha vocação? Como
tenho correspondido a esses sinais que Deus me deu? Como posso crescer mais na
minha vocação? O que atrapalha esse crescimento?
6) Minha
vida de reconciliação: com que frequência me confesso? Quais são as
motivações profundas que me levam a procurar a confissão? Qual é o meu defeito
principal que quero, com a ajuda de Deus, eliminar da minha vida?
Estudo organizado por Pe. Sergio Augusto Faria Vidal
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