2º MÓDULO: DISCERNIMENTO ESPIRITUAL/VOCACIONAL

2º MÓDULO

DISCERNIMENTO ESPIRITUAL E VOCACIONAL

Antes de adentrarmos no tema acima referenciado conheça um pouquinho mais das características do(a) Acompanhante Espiritual. Na publicação anterior vimos sobre: “Quem aconselha ou acompanha deve ter os seguintes requisitos”, hoje vamos continuar vendo um pouquinho mais sobre o “Perfil do(a) Conselheiro(a) / Acompanhante Espiritual”

PERFIL DO(A) CONSELHEIRO(A) / ACOMPANHANTE ESPIRITUAL

            Alguém que tem personalidade própria. Uma pessoa adulta que se apresenta não como alguém que não tem falhas, mas como alguém capaz de reconhecer os próprios limites, que sabe lidar com eles e que busca colocar-se a serviço do Reino.

1)      Alguém com liderança. Não alguém que nega a sua responsabilidade de acompanhante, mas que procura exercê-la segundo o modelo Jesus Cristo, o qual ensinava “com autoridade” (Mc1,27) e se colocava como “aquele que serve” (Lc22,27).

2)      Qualidadesdo(a) acompanhante espiritual/vocacional: poder legítimo(exemplo), pessoa competente, referencial, testemunha.

3)      Alguém que tem consciência e dá testemunho de que foi chamado(a) e que se esforça para, dentro da sua condição humana, responder ao chamado divino.

4)      Tarefa do(a) acompanhante: colaborar para libertação do(a) acompanhado(a) ou vocacionado(a): desbloquear a pessoa, vendo-a na sua totalidade, mas também percebendo os detalhes, as chamadas “áreas marginais” (Mc 5,1-20).

5)      O agir do(a) acompanhante(pedagogia):

·         Com respeito: tratar o(a) acompanhado(a) com uma certa distância, ou seja, dando-lhe espaço e confiança, sem pretensão de substitui-lo(a), mas estimulando-o(a) e animando(a);

·         Com paixão: o gosto de se aproximar dos outros; um gosto que vai além da satisfação imediata;

·         Com paciência: isto é, com a capacidade de esperar, com a constância, com a esperança, sem a pretensão de encontrar correspondência imediata; atenção às leis do desenvolvimento e aos ritmos diferentes na vida de cada acompanhado(a);

·         Com empatia: a capacidade de colocar-se no lugar dos outros, sem confundir isso com identificação(confusão de papeis) ou com simpatia(ser agradável para ser reconhecido e receber afeto).

·         Intérprete: alguém capaz de reconhecer as perguntas e as respostas feitas e dadas pelos(as) acompanhados(as), o que supõe uma imersão concreta na existência daqueles e daquelas que são acompanhados(as).

·         Mediador: alguém capaz de oferecer a cada acompanhado(a) aquilo de que necessita para crescer no itinerário espiritual/vocacional; alguém capaz de oferecer uma proposta, sem impor, mas também sem querer agradar.

·         Bom comunicador(a): capaz de enviar mensagens claras aos(as) acompanhados(as), com objetividade, sem ingenuidade, sem ambiguidade.

·         Alguém com uma profunda espiritualidade: capaz de comunicar a sua experiência de Deus-Trindade aos acompanhados(as).

* Tirado do livro:Buscando Jesus. Jesus: Caminho e acompanhamento vocacional. Franco Imoda e

 Bartholomew Kiely,Paulinas, SP 2002

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